Conhecendo o Equipamento: Varas
Estamos chegando ao final da série especial sobre equipamentos de pesca e o último tema a ser explorado são as varas. É claro que existem mais instrumentos que ainda não falamos, como iscas e redes, mas podem ficar para outra oportunidade. As varas de pesca são ferramentas básicas utilizadas com foco na pesca esportiva e possuem formato curvilíneo. Elas costumam ser feitas com materiais flexíveis para auxiliar o manuseio, sendo os mais comuns o bambu, grafite e fibras.
As primeiras varas foram desenvolvidas para auxiliar o pescador a ter maior alcance na pesca, que antes era feita com os próprios braços. Os materiais originais apresentavam pedaços de madeira comuns e foram evoluindo, passando gradativamente por bambus, madeiras mais sólidas, metais e chegando às fibras de vidro em 1948. Essas últimas revolucionaram com suas características inovadoras, sendo resistentes a temperaturas bruscas, umidade, apodrecimento e corrosão.
Tipos de Varas
As varas são feitas de diversos materiais, mas as classificações não se limitam a esse fator. Algumas características que influenciam na diferenciação são o tamanho, o peso, a resistência e a força. Cada tipo gera resultados mais eficazes em modalidades específicas de pesca e, por isso, é importante identificar qual é a vara ideal para a sua atividade.
O tamanho ou comprimento da vara é um fator que influencia diretamente no arremesso. Claro que outros elementos também interferem, mas quanto maior ela for, a tendência é que a isca vá mais longe. A medida vai do começo do cabo até a ponta, sendo apresentada em pés ou polegadas. Na pesca oceânica, a vara indicada deve ter aproximadamente 1,5 metro. Ela não deve exceder muito no tamanho, sob risco de que o arremesso fique prejudicado pelo movimento em si.
Outra tipagem diz respeito aos pesos que as varas suportam. Alguns modelos são capazes de aguentar iscas mais pesadas, ao passo que outros são indicados para chamarizes mais leves. Normalmente, essa informação se relaciona não só com a isca como também com a linha, que deve seguir especificações próprias. A linha determina o tipo de vara de acordo com a resistência, pois há padrões máximos e mínimos para evitar que nem ela e nem a vara se partam após a fisgada.
O próximo tipo tem relação com o material de composição. Refere-se ao poder de regeneração ao formato original depois da pesca. A força do animal durante a luta costuma entortar a vara; a volta à posição original depende de como ela é feita. Algumas se recuperam mais rápido, enquanto que outras não chegam a voltar totalmente. Depende muito da qualidade da marca e do material. Essa classificação é feita em extra rápida, rápida, moderada e lenta. No geral, as varas mais rápidas são recomendadas para casos em que o peixe é mais resistente e precisa ser puxado imediatamente.
Por fim, podemos dividi-las entre varas para molinetes e varas para carretilhas. A diferença principal está nos passadores, que são mais espaçados nos molinetes. A maior uniformidade dos passadores para carretilhas proporcionam menor atrito na linha.