Guia Pescazila: Pargo

Como devo atrair os peixes? Isso sempre é uma arte! Pargo é um peixe que às vezes não compreendo bem, mas não vou desistir de aprimorar minha pescaria. Venha comigo nesta aventura!

Pescazila e você, estamos em pleno vapor na busca da evolução na pesca esportiva. Por este motivo, traremos o máximo de informação, com muitas dicas e curiosidades, de forma agradável e didática. Venha conosco nesta aventura.

Quais são os equipamentos para a pesca do pargo?

Quem vai à guerra sem se preparar? Pescazila não deixará você na mão! Veja quais são os materiais necessários para o sucesso da sua pescaria em busca de capturar seu pargo. Ainda poder realizar belas fotos e ter ótimas lembranças.

Varas

Varas de 6’ a 7’, de classe 17 a 25 lb para a pesca costeira. Para  pesca em mar aberto tem que ser de 35 a 60 lb, que seja de ação rápida ou progressiva.

Carretilha e molinetes

Para as carretilhas se usa as elétricas, classe 500. Fique atendendo meios para recargas, se a embarcação tem terminais elétricos específicos, caso contrário não esqueça de levar baterias portáteis suficientes para a pescaria.

Quanto aos molinetes escolha série 3.000 a  4.000 que tenha capacidade para 120 m de linha para pesca costeira, que seja de categoria média-pesada. Ou, utilize molinete 5.000 a 8.000 com capacidade para 300 m de categoria média-pesada no mar aberto.

Linhas e leaders

As linhas de multifilamento com resistência 30lb para equipamento leve e médio e de pouca profundidade e para pargos medianos.

E linhas de 40 lb ou 50lb para equipamentos pesados, pargos grandes e de grande profundidade.

Os leaders que sejam de fluorocarbono de 0,30 mm a 0,50 mm de modelos de Jumping Jig, caso utilize chicote ou a famosa “Pargueira” não são necessários a utilização de leader.

Anzóis

Anzóis de tipos circulares ou live bait, 3/0 a 6/0. Priorizando aqueles modelos bem resistentes e que possuam uma curvatura bem aberta.

Chumbada

As chumbadas são de 50 a 80 g para pesca costeira e para mar aberto é de 100 a 500 g.

Snap

Item fortemente recomendado para todas pescarias, principalmente aqueles peixes que são mais cobiçados na pesca esportiva. Por esse mesmo motivo, não economize esforço para capturar um pargo. Pode ter certeza, a redução de tempo na troca da isca, garantirá essa meta.

Você que não utiliza snap, comece a utilizar, pois, não é um bicho de 7 cabeça. Leia nosso artigo a respeito, REVEJA SUA TRALHA! O USO DE SNAPS NA PESCA ESPORTIVA!

Split ring e Solid ring

Só de ouvir esses nomes, principalmente em inglês, já me dá um desânimo.

Se você tem esse pensamento, agora é o momento da evolução na sua pescaria. Este é o motivo da criação desse grande guia de pescaria da Pescazila!

Tenho certeza que você já viu este maravilhoso acessório de pesca, caso contrário ou mesmo deseja compreendê-lo melhor. Aconselho a leitura do post PRODUTIVIDADE! SPLIT RING E SOLID RING NA PESCA ESPORTIVA!

Na sua utilização de forma correta, agilizará de tal forma a sua vida, ganhando tempo e sem contar com o aumento da eficiência da sua pescaria, capturando maravilhosos exemplares de pargos.

Quais são as iscas utilizadas?

Aqui se encontra o segredo da pescaria. A isca! Não poderíamos deixar você na mão. Veja quais são as suas opções:

Iscas naturais

Mais aconselhável é camarão, ou pedaços de lula, ou mesmo filé de sardinha.

Preparação

Chicote ou a chamada “pargueira” com 2,3 e até 4 anzóis, com camarão, ou pedaços de de lula ou “filezinhos” de sardinha de isca. É descer em cima do cardume e esperar a puxada. A pargueira é vendida em lojas de pesca e pode até ser feita artesanalmente, mas normalmente é mais prático adquirir pronta em lojas.

Utilize chumbadas de 20 a 70 gramas ou até maiores dependendo da força da maré e profundidade no final do chicote ou pargueira.

Emende a linha principal em um girador  com um nó do tipo Clinch Knot, e uma extremidade do chicote com maior espessura atado na outra ponta do girador, e a ponta restante do líder em uma chumbada de 20 a 70 gramas, ou mais pesado conforme a profundidade e a força da maré.

Iscas artificiais

Aqui vou deixar algo mais especializado, para evitar erros dos principiantes na pesca esportiva. Uso de iscas artificiais que abordarei que para mim, é o mundo ideal: micro jigs e jumping jigs.

ALGUNS DETALHES SOBRE OS JIGS VERSUS MOLINETES, PARA NÃO UTILIZAR ALGUNS JIGS EM MOLINETES NÃO ADEQUADOS,  AQUI UMA REGRA FÁCIL DE COMPREENDER:

• Micro Jigs e Jumping jigs até 40 gramas, molinetes da série 2000 e 2500, esta sim, é diversão garantida, nosso kit de pesca mais utilizado aqui no Sudeste;
• Jumping Jigs pequenos de 40 a 70 gramas, molinetes da série 3000;
• Jumping Jigs de 70 a 150 gramas, molinetes da série 4000;
• Jumping Jigs de 150 a 200 gramas, molinetes da série 8000;
• Jumping Jigs de 200 a 400 gramas, molinetes da série 8000 a 10000;
• Jumping Jigs de 400 a 600 gramas ou maiores, e os molinetes da série 18000 a 20000.

Tente ficar balanceado com seu kit de pesca para Carapau (setup do equipamento), carretilha ou molinete x isca artificial x linha multifilamento x resistência da vara x ação da var.

Aonde devo ir pescar o pargo?

Em toda costa brasileira, até mesmo no oceano aberto, se encontra o pargo. Porém, deixarei algumas dicas para facilitar a sua pescaria.

Busque por ilhas costeiras com costas com profundidade de 20 m e pelo alto mar fundo parcéis e cascalhos. Busque profundidades maiores, pois, se encontra maiores pargos por lá, quanto profundidade menores são cobertos por pargos jovens.

Período bom para a pesca do pargo, não há! Só alegria o ano todo.

Dicas e curiosidades

Importante! Leia!

Devido ao fundo de pedra ou parcel, se prepare para perder muito jumping jig e pargueira, tente não deixar encostar no fundo. Utilize também um alicate de contenção e um alicate de bico para remover o anzol ou isca artificial, para que o pargo não se machuque.

Aumente suas chances!

Utilize a técnica de chumming, tenha em mãos balde (ou qualquer outra vasilha) com: tripas, sangue e cabeças de peixe, com pedaços de caranguejo e outros semelhantes, para atrair os peixes carnívoros.

Cuidado! Seja moderado no uso, pois se alimentar muito, não terá sucesso na pesca.

Tente utilizar o alimento a cada 10 minutos, em pequenas quantidades, com auxílio de uma colher, jogando um por vez.

Facilite sua vida! Compre pargueira.

Uma facilidade é adquirir em lojas de pesca a pargueira pronta, é um chicote com uma linha de monofilamento bem resistente com 3 a 4 anzóis ou até mais, com girador para atar a linha principal e snap para atar a chumbada, na linha da pargueira os anzóis são atados em rotores ou giradores próprios para pargueira para não embolar o chicote, o tipo varia conforme os tamanhos de anzóis necessários para a sua pescaria. Se for guardar a pargueira para a próxima pescaria, lave bem e lubrifique, se jogar na sua caixa de pesca após o uso,  quando for utilizar estará totalmente enferrujada impossibilitando a próxima pesca do pargo.

Está quente, é verão. Pesca noturna!

Hábito alimentar do pargo multa um pouco, em vez de ser diurno, ele se alimenta mais noturnamente.

Utilize luzes para atrair o peixe, uma lanterna é uma boa. Como é a busca de evolução, porque não dá um passo maior nas iscas artificiais, no mercado há grande variedade de iscas com própria luminosidade é momento de aproveitar dessa tecnologia.

Conhecendo melhor sobre gênero do pargo

Pargo é um peixe hermafrodita protogínico. Que é, em sua maioria nascem como fêmeas e decorre do tempo mudam de sexo. Para identificação do sexo os adultos até 30 centímetros em sua grande maioria são fêmeas e acima são machos, facilitando identificação do macho.

Ficha técnica

• Ele se encontra no oceano Atlântico Ocidental, de Nova Iorque à Argentina (nossa costa todinha garante o sucesso da pesca do Pargo);
• Nome científico: Pagrus pagrus, da família Sparidae;
• Também é conhecido pelos nomes Pargo-vermelho, pargo-rosa, pargo-liso, choupa, pargo-amarelo, pargo-olho-de-vidro;
• Chega a atingir 90 cm e pode chegar a pesar quase 8 kg;
• Hábito alimentar: Invertebrados bênticos, polvos, lulas e peixes pequenos;
• No Brasil é classificado como uma espécie ameaçada de extinção. Deve ser observada as leis para não realizar nenhuma pesca ilegal, mas geralmente, as proibições são para as pescas comerciais;
• A reprodução é anual e em mar aberto. Geralmente ocorre no período do verão e em uma região específica: sudeste brasileiro. Os ovos e as larvas são flutuantes;
• Eles vivem em profundidade de 10 a 200 metros, sendo que os peixes jovens geralmente vivem em profundidade mais rasa;
• Sua cor é rosada, escurecendo no dorso, se tornando pálida no ventre do peixe. As suas nadadeiras têm a tonalidade próxima do geral: vermelho-rosada.

Pescazila e você na evolução da Pesca Esportiva!